segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Alunos usam a matemática para explicar ações cotidianas em feira


Evento reuniu 40 projetos de estudantes no Instituto Federal do Amapá.
10 melhores trabalhos poderão participar de feira nacional no Paraná.

Cassio AlbuquerqueDo G
Projeto experimental sendo apresentado durante Feira (Foto: Cassio Albuquerque/G1)Projeto experimental sendo apresentado durante Feira (Foto: Cassio Albuquerque/G1)













Estudantes do Instituto Federal do Amapá (Ifap) mostraram que é possível aplicar as teorias matemáticas em atividades comuns do cotidiano, através da demonstração de 40 projetos experimentais que foram expostos durante a segunda edição da Feira Amapaense de Matemática realizada no sábado (9), no campus da instituição.

Os trabalhos foram desenvolvidos por alunos dos cursos técnicos, do ensino médio integrado e superior do instituto, além de estudantes do ensino fundamental de 15 colégios particulares, da rede pública estadual e municipal de ensino.
Bruna e Fabrício usaram a teoria matemática para explicar o processo de produção da farinha de mandioca (Foto: Cassio Albuquerque/G1)Bruna e Fabrício usaram a teoria matemática para explicar o processo de produção da farinha de mandioca (Foto: Cassio Albuquerque/G1)
Entre os experimentos apresentados está o projeto dos alunos Fabrício Souza e Bruna Rocha, ambos de 18 anos, dos cursos técnicos em mineração e rede de computadores do Ifap. A dupla explicou o processo tradicional da produção de farinha através do conhecimento matemático, desde a coleta da mandioca até o momento em que o alimento está sendo assado no forno.

Segundo Bruna, foi cerca de um mês para realizar o estudo que ocorreu em cinco casas de farinha do distrito do Curiaú, em Macapá. Ela e Fabrício elaboraram questionários na comunidade sobre o processo e realizaram aplicação matemática nos objetos usados na atividade.
Estudante do Ifap, Victor Alexandre, aprovou os projetos (Foto: Cassio Albuquerque/G1)Estudante do Ifap, Victor Alexandre, aprovou os
projetos (Foto: Cassio Albuquerque/G1)
"As formas geométricas foram analisadas, além da capacidade e o volume do forno, a quantidade de lenha usada, o momento da prensa e a angulação que é dada no tipiti para secar a massa de mandioca. Enfim, explicamos todo passo a passo através da etnomatemática, modelagem matemática e fórmulas básicas de geometria espacial", contou a jovem.
Nos demais projetos, os estudantes apresentaram jogos de raciocínio lógico e experimentos relacionados ao nível de ondas sonoras emitidas em objetos musicais, a teoria da força contínua, ao controle do desperdício de água e também de como a matemática pode ajudar no processo de preservação ambiental.
Professor de matemática do Ifap, Dejildo Roque (Foto: Cassio Albuquerque/G1)Professor de matemática do Ifap, Dejildo Roque
(Foto: Cassio Albuquerque/G1)
O aluno do curso de edificações Victor Alexandre, de 20 anos, gostou das apresentações e diz que é importante que a comunidade possa contribuir com o trabalho experimental.
"Eu apresentei um trabalho ano passado na feira e nessa edição eu só conferi os projetos apresentados. É importante porque esse aprendizado não fica só do professor para o aluno. Esse aluno também pode ensinar o outro colega", declarou.
O professor de matemática do Ifap, Dejildo Roque, disse que a proposta da feira é fazer com que a disciplina deixe de ser tratada como "vilã" pelos estudantes. Segundo ele, os 40 projetos apresentados no evento serão avaliados e os 10 melhores poderão ser apresentados na Feira Nacional de Matemática, que vai ocorrer em julho na cidade de Curitiba, no Paraná.
"Todo esse trabalho serve para o aluno despertar, perceber que a matemática está no nosso cotidiano e compreender a partir daquilo que ele visualiza e vivencia", concluiu.
Alunos usaram matemática para explicar níveis de ondas sonoras em instrumentos  (Foto: Cassio Albuquerque/G1)Alunos usaram matemática para explicar níveis de ondas sonoras em instrumentos (Foto: Cassio Albuquerque/G1)

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